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  • Alessandra Becker
  • 8 de abr. de 2024

A teoria psicanalítica surgiu na década de 1980 através dos estudos e das práticas de Sigmund Freud, um médico e pesquisador da área da neurologia que buscava tratar pacientes vítimas de histeria em Viena, na Áustria.

Com seus primeiros pacientes histéricos (em grande maioria, mulheres) Freud utilizou métodos hipnóticos desenvolvidos por Jean- Martin Charcot (médico e cientista francês), juntamente com o método catártico utilizado por Joseph Breuer (médico e fisiologista austríaco) que permitiam ao analista ter acesso às memórias traumáticas dos pacientes com certa facilidade auxiliando no tratamentos dos sintomas.

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Fazendo uso da hipnose, Freud percebe que o método não é suficiente, uma vez que nessa prática os pacientes eram facilmente sugestionados e o único efeito alcançado era a catarse - o alívio pouco duradouro do sofrimento psíquico e sintomas antes apresentados.

Em um de seus atendimentos, com uma paciente de Breuer, Freud escuta ao pedido desta "- Deixe-me falar!" e percebe o poder da fala livre do paciente para que suas questões psíquicas sejam apresentadas de modo particular à sua história e seus afetos. Após isso, ele e começa a construir sua própria teoria e práticas de intervenção, a qual chamou de psicanálise, onde o uso da sugestão é desaconselhado e o sujeito deve ser consciente e participativo de seu processo.


Através de experiências clínicas e descobertas de Freud com seus pacientes, a psicanálise tem como base o uso da técnica da interpretação e associação livre, onde o paciente fala livremente, sem reservas, de modo que, involuntariamente, o próprio movimento psíquico conduz o conteúdo que virá enquanto o analista busca compreender este movimento psíquico e interpretar o que o conteúdo que o sujeito lhe traz.

Dessa maneira, a psicanálise passa a compartilhar não só conhecimentos acerca da estrutura psíquica humana mas também de todo o exterior que influencia e é influenciado por ela. Referências: NISHIKAWA, Eunice et al. História da psicanálise: histeria e borderline: mo(vi)mentos da clínica psicanalítica. Jornal de Psicanálise. São Paulo, p. 273-289. maio 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/jp/v50n93/v50n93a22.

FREUD, Sigmund. Estudos sobre a histeria (1895). In: SIGMUND FREUD. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. Il). Rio de Janeiro: Imago, 1974.

FREUD, Sigmund. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise (1912). In: SIGMUND FREUD. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. XII). O caso Schereber, artigos sobre técnica e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 2002.

FREUD, Sigmund. A dinâmica da transferência (1912). In: SIGMUND FREUD. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. XII). O caso Schereber, artigos sobre técnica e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 2002.

 
 
 
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